Por Daniela Cardim
Já completamos seis meses de pandemia, com meio ano de completo home office. Mas esse não é aquele planejado para atividades que requerem silêncio e tranquilidade. Vivemos uma inversão de práticas: estamos no “office from home”. Quando a empresa consegue apoiar seus colaboradores a se sentirem seguros e confiantes, o desempenho naturalmente aumenta. Para falar com você sobre engajamento à distância quero abordar 4 temas: humanidade, tecnologia, gestor e colaborador.
Senso de humanidade é fundamental
Entendimento, sobretudo da gestão, de que as pessoas têm maior ou menor dificuldade de trabalhar de casa. Trazer para a pauta a saúde mental, e aceitar que a produtividade não será a mesma todos os dias. Também compreender e demonstrar que não existe problema quando no meio de uma reunião aparece uma criança, o cachorro late, ou toca o interfone. É um momento de adversidade, que está colocando em xeque protocolos tradicionais do home-office.
Tecnologia que viabiliza
Computador, conexão à Internet, talvez um celular corporativo, acesso remoto aos sistemas e ferramentas da empresa, recursos que propiciem conversar com colegas e interagir bem a distância são necessários. A tecnologia pode facilitar o engajamento entre pares e níveis hierárquicos diferentes, e deve ser usada com esse intuito.
O papel da gestão
Esse profissional representa a empresa e impacta diretamente o nível de engajamento de suas equipes. Acontece que este momento também pegou a gestão de surpresa. Além dos novos desafios de negócios e situações imprevistas, uma responsabilidade diferenciada na gestão de suas equipes com todos à distância. É hora de escutar e entender o contexto de cada um.
A Schneider pré-pandemia já tinha home office até 3 vezes por semana para grande parte da população, flexibilidade de horário de trabalho e de dress code, uso massivo de notebook. Já trabalhávamos conceitos de bem-estar físico, mas também mental e emocional. Isto nos trouxe uma vantagem no início de março. Tínhamos tecnologia e cultura para trabalho à distância. Confira aqui este artigo sobre nossa política exclusiva de home office pós licença maternidade.
A gestão foi muito ágil em desdobrar aprendizados com as experiências recém vividas na China e Europa. A empatia com o próximo e a consciência da seriedade do tema já estavam estabelecidas. Open lines periódicas com a Presidência e comunicações online constante viraram práticas para garantir acesso às informações e acolhimento. Palestras e treinamentos sobre saúde física e mental foram implementadas. Aulas de ginástica online fornecidas. Hoje temos até happy-hour online.
O papel do colaborador
Precisamos agir profissionalmente, estando disponível, respondendo às consultas, avisando sobre ausências temporárias, provendo respostas. Se temos problemas pessoais que podem impactar nas entregas, devemos posicionar que nossa performance ou disponibilidade será afetada.
A situação atual é transitória. Traz desafios, mas também aprendizados. Vai acelerar algumas práticas que ainda não haviam sido implementadas no mercado e também o entendimento sobre diversidade. As empresas precisam ser receptivas e inclusivas a estas diferenças. Quando cada uma dessas pessoas se sentir segura de ser quem é, isso gerará engajamento.
Daniela Cardim é líder de Talent Acquisition e Diversidade para a América do Sul da Schneider Electric
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