Edge Computing – O alicerce das operações conectadas e digital-first

Este blog foi originalmente publicado no blog APC da Schneider Electric por Chris Hanley, SVP Commercial Operations & Global Channels.

Muitas organizações e indústrias estão a tirar partido do poder dos dados e das ferramentas digitais com Edge Computing para melhorar a sua resiliência, eficiência, sustentabilidade e segurança. A atração do Edge Computing é imediatamente percetível: enviar todos os dados gerados pelos dispositivos para um Data Center centralizado ou para a Cloud causa problemas de largura de banda e latência. O Edge Computing oferece uma alternativa mais eficiente, porque os dados são processados e analisados mais perto do ponto onde são criados.

O papel crescente do Edge Computing na digitalização

O Edge Computing define-se como uma estrutura de computação distribuída que aproxima as aplicações corporativas das fontes dos dados, como dispositivos IoT ou servidores edge locais. Essa proximidade aos dados na sua origem pode oferecer benefícios de negócio substanciais: insights mais rápidos, tempos de resposta melhorados e uma melhor disponibilidade da largura de banda. Como resultado, existem oportunidades significativas para melhorar os resultados de negócio das operações utilizando tecnologia conectada. Na verdade, devido a uma explosão dos dados edge, 65% das empresas do Global 2000 vão incorporar práticas de gestão de dados, segurança e rede edge nos seus planos de proteção de dados, para que os dados edge sejam integrados nos processos relevantes até 2024[1].

Esta transição para a digitalização é impulsionada por tecnologias como sensores, energia e conectividade, Edge Computing e Cloud Computing. Estas tecnologias são capazes de digitalizar e conectar ativos e dados operacionais em silos tradicionais. Ao utilizar esses dados, as organizações podem aplicar analítica para obter conclusões de negócio valiosas utilizando modelos de trabalho distribuídos, remotos e no local. Como resultado, as organizações podem reforçar-se como mais fiáveis, conectadas e resilientes, monitorizando e prevendo resultados para otimizar os processos, com uma estratégia de operações conectadas.

Enfrentar os desafios do Edge Computing

O Edge Computing e as operações conectadas oferecem vantagens competitivas às empresas, mas estas têm de enfrentar alguns desafios. Uma pesquisa recente realizada pela IDC revela várias áreas que precisam de abordar na implementação e gestão de localizações de Edge Computing. Alguns dos obstáculos destacados são a manutenção do tempo de atividade e a conectividade, a gestão da segurança e a falta de capacidades das equipas. Vejamos as conclusões e possíveis soluções para enfrentar estes desafios.

Certeza num Mundo Conectado – Energia e conectividade

A energia e a conectividade fiáveis são cruciais para a operação bem-sucedida de qualquer rede conectada. No entanto, a natureza dos ambientes de TI distribuídos pode ser problemática. Por exemplo, as localizações remotas sofrem, muitas vezes, com uma conectividade de má qualidade e são suscetíveis a picos e cortes de energia. Para superar estes problemas, as organizações devem desenvolver cuidadosamente a sua infraestrutura para incluir armários de racks, fontes de alimentação ininterruptas (UPSs) e Micro Data Centers, para além de terem em conta considerações e mitigações ambientais na sua seleção e implementação de recursos edge. É vital que as localizações de Edge Computing possuam as soluções certas para permitir resiliência e tempo de atividade.

Gerir o desempenho e segurança 

A natureza distribuída das localizações edge também significa que são necessárias capacidades de gestão remota. Muitos destes locais não contam com uma equipa de TI dedicada e podem ser mais suscetíveis a tempos de inatividade não planeados ou fatores ambientais que afetam o desempenho e o tempo de atividade. Como resultado, as empresas precisam de adotar uma abordagem robusta de monitorização e gestão para obter visibilidade e dar uma resposta rápida aos problemas. Hoje em dia existem softwares inovadores para oferecer aos profissionais visibilidade sobre vários locais da sua infraestrutura crítica de TI. As organizações podem supervisionar e gerir proativamente as localizações com monitorização e análise em tempo real, notificação instantânea de falhas e recomendações orientadas por dados e habilitadas por Inteligência Artificial. Esta monitorização pode até incluir o acompanhamento das condições do ambiente e a emissão de alarmes relativos a altas temperaturas, humidade e saúde da bateria das UPSs.

A falta de capacidades no Edge

Por fim, a falta de capacidades é um obstáculo que afeta quase todos os setores, à medida que as organizações lidam com as exigências da digitalização. A escassez de competências não é uma grande surpresa, mas o alcance deste desafio sê-lo-á, de acordo com a investigação da IDC. Segundo os dados conseguidos, o principal obstáculo que impede as empresas de investir em Edge Computing é a preocupação com a gestão dessa infraestrutura em escala. A falta generalizada de competências para desenhar, implementar e gerir este tipo de soluções cria a necessidade de abordar o “como” do Edge Computing antes de se poder avançar muito.

Então, como podem as organizações lidar com esta questão? Uma abordagem possível envolve desenvolver um ecossistema de parceiros, quando as empresas podem apoiar-se em fornecedores e vendedores de soluções de TI que já têm uma grande parte do quebra-cabeças do Edge Computing resolvido. Estes profissionais conseguem, geralmente, oferecer soluções e recursos validados para permitir uma implementação e gestão edge bem-sucedidas. De acordo com a investigação da IDC, as organizações também estão a optar cada vez mais por adquirir e gerir soluções de tecnologia através de modelos as-a-Service. Esta abordagem liberta as empresas para se focarem nas suas operações principais, enquanto os fornecedores de soluções de TI gerem proativamente as localizações edge para melhorar o tempo de atividade.

Consulte o White Paper da IDC

Uma arquitetura edge resiliente e segura é a base para a adoção de operações conectadas digital-first. À medida que as empresas procuram ser mais eficientes em termos operacionais, melhorar a segurança e tornar-se mais sustentáveis, apoiam-se mais nas tecnologias digitais. Para saber mais sobre os desafios que as organizações enfrentam ao migrar para o Edge e estratégias práticas para garantir o sucesso da implementação e da gestão do ciclo de vida, registe-se para receber o White Paper da IDC Succeeding at Connected Operations with Edge Computing.

 

[1] IDC FutureScape: Worldwide Future of Digital Infrastructure 2022 Predictions, IDC #US47441321, outubro 2021

[2] White Paper da IDC patrocinado pela Schneider Electric, Succeeding at Connected Operations with Edge Computing, IDC #US48982222, abril 2022

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