5 considerações fundamentais ao selecionar um programa de manutenção para infraestruturas críticas

Os sistemas de alimentação ininterrupta (UPS) e os sistemas de refrigeração de precisão, entre outros, são essenciais para garantir que as cargas críticas de TI permanecem corretamente alimentadas e protegidas.

Contudo, se esses sistemas de infraestrutura crítica não tiverem uma manutenção adequada, podem não desempenhar corretamente a função para a qual foram concebidos.

Nesse sentido, os planos de manutenção são uma componente essencial da operação de uma infraestrutura.

Para além de minimizarem o tempo de inatividade, estes planos ajudam os sistemas a funcionar de forma eficiente e a maximizar o seu tempo de operação, reduzindo, em última instância, as despesas operacionais ao longo da sua vida útil.

Acreditamos que existem cinco elementos-chave a considerar na escolha de um plano de manutenção, bem como do fornecedor que deverá concebê-lo e executá-lo.

Deverá dedicar algum tempo a compilar informação por parte de quaisquer potenciais fornecedores antes de fechar um contrato de manutenção.

No nosso novo white paper“Attributes of an Effective Maintenance Program for Data Centre Physical Infrastructure”, debruçamo-nos sobre a importância dos seguintes elementos:

  • Experiência da equipa de manutenção
  • Garantia de qualidade
  • Tempo de resposta onsite
  • Capacidade de monitorização remota
  • Inspeção completa nas instalações

1. Experiência da equipa de manutenção

O erro humano é uma das principais causas do tempo de inatividade, e não apenas nos Data Centers.

Se as atividades de manutenção não forem realizadas com os conhecimentos adequados, podem, inadvertidamente, introduzir defeitos nos sistemas. A equipa de manutenção deve ser composta por especialistas nos sistemas em que é necessário trabalhar; receber formação contínua; estar qualificada e certificada por organizações como a OSHA, APApara efetuar o trabalho com conhecimento e formação em todos os protocolos de segurança.

Devem ter acesso às ferramentas e software do fabricante, que permitem um melhor diagnóstico dos sistemas, e também às mais recentes atualizações na área de Field Services para que possam estar a par de questões como novas versões de software/firmware ou alertas de a qualidade.

Também é importante que tenham acesso a uma equipa de engenheiros de manutenção, engenheiros de aplicações,especialistas de suporte técnico ou às equipas de desenvolvimento, caso seja necessário reportar o problema a um nível superior.

2. Garantia de qualidade

O seu fornecedor de serviços deve contar com processos e procedimentos bem documentados e estabelecidos. Verifique se têm elementos como procedimentos de operação standard (SOP), métodos de procedimentos (MOP) e processos de gestão de alterações.

Adicionalmente, devem ainda documentar o seu programa de formação e possuir registos de formação dos colaboradores, para que possa validar que as pessoas ou equipas que se deslocam às instalações dos clientes se encontram habilitadas e devidamente qualificadas.

3. Tempo de resposta no local

Um aspeto muito importante a ter em consideração ao escolher um fornecedor de serviços é a rapidez com que pode chegar às instalações e reparar o sistema no caso de ocorrer um problema inesperado.

Alguns contratos de serviço oferecem acordos de nível de serviço (SLA), por exemplo, com resposta garantida em 4 horas para que um técnico se desloque ao local.

Procure um fornecedor que apresente um SLA alinhado com as necessidades de disponibilidade/criticidade da sua aplicação
Procure um fornecedor que apresente um SLA alinhado com as necessidades de disponibilidade/criticidade da sua aplicação

É possível que os fornecedores de serviços externos de menor dimensão não sejam capazes de oferecer um tempo de resposta tão rápido, devidos aos seus recursos limitados e à falta de cobertura global de Field Services.

Colocar o sistema novamente em funcionamento o mais rápido possível também depende do diagnóstico efetivo do técnico e da correta reparação com peças de substituição, o que nos remete para o ponto 1 desta lista.

Se não possuírem a experiência e os recursos adequados para escalar os problemas, a abordagem de manutenção poderá passar pela tentativa e erro, o que leva a tempos de resolução mais longos do que o necessário e, potencialmente, agrava a situação antes de a melhorar.

4. Capacidade de monitorização remota

A manutenção preventiva é amplamente melhorada quando é possível realizar uma monitorização digital dos ativos.

A conetividade remota permite diagnósticos mais rápidos dos problemas, que por vezes acabam por ser resolvidos de forma totalmente remota, reduzindo o tempo de resolução e evitando demoras criadas pela necessidade de enviar a equipa presencialmente às instalações.

Com sistemas conectados e grandes volumes de dados, é possível criar algoritmos para prever quando ocorrerá um potencial tempo de inatividade.

Isto permite evoluir de uma manutenção preventiva com base em revisões periódicas, para revisões baseadas na condição do equipamento, e desta forma minimizar as visitas ao local e tornar necessária apenas a presença de um técnico na iminência de uma falha.

 5. Inspeção completa nas instalações

Quando um técnico de manutenção se desloca às instalações para efetuar a manutenção preventiva, é crucial adotar uma abordagem integrada ao sistema.

É importante levar a cabo uma inspeção visual , de forma não invasiva, para identificar potenciais problemas, como aqueles derivados da evacuação de calor ou de isolamento elétrico causados pela sujidade, baterias dilatadas ou com fugas, etc.

Uma inspeção ambiental também é vital, porque o espaço circundante em que se instala o sistema pode ter um impacto direto no seu funcionamento e vida útil. Isto inclui elementos como a temperatura, a humidade, a qualidade do ar, a qualidade da água, etc.

Por exemplo, devido ao clima, nos países nórdicos, as unidades exteriorespodem estar sujeitas a neve e gelo; ou os humidificadores podem ter necessidade de manutenção adicional, conforme a dureza  da águae eventual criação de resíduos que podem obstruir o sistema.

O terceiro elemento de uma inspeção completa é a inspeção elétrica e mecânica. A sua finalidade é garantir que os sistemas estão a funcionar de acordo com as especificações de fábrica.

Procure um fornecedor de serviços que se centre em abordagens não invasivas para inspecionar os sistemas. A termografia por infravermelhos, por exemplo, através da deteção de pontos quentes, é eficaz para identificar problemas nas ligações.

Evolução da manutenção

À medida que tecnologias como a análise de dados e a Inteligência Artificial (IA) são adotadas de forma mais ampla e os sistemas críticos se tornam cada vez mais “conectados” e “inteligentes”, esperamos ver uma evolução da manutenção programada para a manutenção com base em condições. Um fornecedor de serviços deve ser o seu consultor de confiança.

Certifique-se que seleciona alguém que lhe possa garantir que ajudará a que os seus sistemas funcionem conforme esperado no momento atual. Além disso, que possua capacidades de previsão e evolução à medida que as tecnologias possibilitem formas de manutenção mais avançadas e de risco mais baixo.

Consulte o white paper para obter mais informações sobre este tema.

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