A “Revolução” da Internet das Coisas Industrial (IIoT): Fato ou ficção?

A Internet das Coisas Industrial (IIoT) não visa a eliminação dos atuais sistemas de automação e sua substituição por novos sistemas. Os usuários finais já investiram centenas de milhões de reais em automação industrial e sistemas de controle e não estão interessados em investir mais milhões para substituir esses sistemas por novas tecnologias. Os usuários finais também resistem a mudanças rápidas e radicais devido ao crescente risco de tempo parado e seus custos associados.

A IIoT é apresentada, em geral, como uma revolução que está mudando a cara da indústria de uma maneira profunda. Na realidade, trata-se de uma evolução que tem suas origens em tecnologias e funcionalidades desenvolvidas por fornecedores de automação visionários há mais de 15 anos. À medida que as normas globais necessárias se consolidam, pode levar mais 15 anos para concretizarmos o pleno potencial da IIoT. Afinal, o benefício da IIoT reside em sua capacidade de interligar sistemas de automação com os sistemas de planejamento corporativo, programação e ciclo de vida dos produtos, para permitir um maior controle dos negócios.

Embora seja difícil prever o impacto da IIoT a longo prazo, três ambientes operacionais distintos surgirão como áreas importantes, que irão iniciar a transição gradual para a IIoT.

  • Controle Corporativo Inteligente – tecnologias IIoT capacitarão uma forte integração de máquinas conectadas inteligentes e ativos de fabricação conectados inteligentes com a corporação inteira. Isto facilitará uma fabricação mais flexível e eficiente e, portanto, mais lucrativa. O controle corporativo inteligente pode ser visto como uma tendência de médio a longo prazo. A implementação desse controle é complexa e exigirá a criação de novas normas para habilitar a convergência dos sistemas de TI e TO.
  • Gestão do desempenho dos ativos A implementação de sensores wireless econômicos, fácil conectividade com a nuvem e a análise de dados vão melhorar o desempenho dos ativos. Essas ferramentas permitem que os dados sejam coletados facilmente do campo e convertidos em informações práticas, em tempo real. Isto resultará em melhores decisões de negócio e processos de tomada de decisão mais prospectivos.
  • Eficiência Operacional – Os funcionários do futuro usarão celulares, análises de dados, realidade aumentada e conectividade transparente para aumentar a produtividade. Devido ao aumento na aposentadoria dos profissionais nacidos na década de 40 a 60, os trabalhadores qualificados deixam de realizar operações básicas humanas, portanto, os substitutos mais jovens precisarão ter as informações na ponta dos dedos. Essas informações serão fornecidas em tempo real, bem mais familiar a eles. Portanto, as fábricas evoluem para serem mais centradas nos usuários e menos centradas em máquinas.

Muitas barreiras precisarão ser superadas antes que a próxima geração de sistemas IIoT seja amplamente adotada. Entre elas temos o estabelecimento de normas industriais sobre a IIoT, proteção via cibersegurança, e adaptação da força de trabalho aos novos conjuntos de capacitações.

Embora essas três áreas estejam fortemente relacionadas e compartilhem muitas interdependências, eles também têm suas diferenças. Por exemplo, as escalas de tempo nas quais podem ser implementadas e o tipo de segmento de mercado de automação que elas visam não são os mesmos.

Apesar desse cenário de adoção lento e gradual da IIOT, o impacto na manufatura será bem abrangente. Os fornecedores e os usuários terão que adotar tecnologias IIoT se pretendem permanecer competitivos. A boa notícia é que a nova tecnologia permite que as soluções IIoT sejam escalonadas, de forma que a base da infraestrutura física possa ser mudada ao longo do tempo. O custo dos sensores conectados está caindo rapidamente, os protocolos abertos baseados em IP estão ganhando força à uma taxa acelerada, e a adoção de soluções baseadas na nuvem está se tornando uma realidade. Fornecedores como a Schneider Electric possuem os conhecimentos especializados para trabalhar com empresas de fabricação e aplicar as tecnologias IIoT nos sistemas de produção, impulsionando a evolução em direção à uma empresa de fabricação inteligente que é mais eficiente, mais segura e mais sustentável.

 

 

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