Não são mais os raios, surtos ou ruídos tão comuns no fornecimento de energia elétrica em nossas empresas e residências que danificam os nossos equipamentos e ameacam o fornecimento de energia contínuo, o governo, a infraestrutura de energia precária do país e suas decisões de corte passam a ser uma ameaça mais intensa e menos previsível. Os cortes provocados por, quem diria, os picos de consumo que, por sua vez, foram impulsionados pelo calor e uso excessivo de máquinas de ar condicionado e ventiladores. (Parece que) Estamos vivendo um colapso por falta de chuva e excesso de calor.
O corte no abastecimento de energia de ontem (19/01) em 12 estados brasileiros nos faz refletir se estamos preparados para o que está por vir. Lidamos com tecnologia crítica que não pode parar, operando 24×7 e em ritmo de crescimento exponencial, muito maior do que o crescimento do consumo de água: o consumo de dados.
O consumo de dados no país e no mundo vem sendo estimulado pelo que o IDC chama de Terceira Plataforma, composta por milhões de aplicativos e dispositivos móveis, bilhões de usuários e trilhões de coisas conectadas (a Internet das Coisas), que vem transformando a indústria e estimulando a adoção de novas tecnologias como Big Data, Cloud Computing, Redes Sociais e Dispositivos Móveis. Mas falar de Terceira Plataforma num momento como este nos faz refletir: como vamos garantir o fornecimento de dados e disponibilidade contínua para os nossos clientes sem energia?
Neste tempo onde cada gota e/ou cada watt é ouro, ter equipamentos que consomem menos energia, fontes diversificadas de energia (renováveis) e ambientes (data centers, escritórios, prédios etc.) mais eficientes e sustentáveis passam a não ser mais luxo e sim uma necessidade, onde a conta custo x benefício passa a ser positiva.
Além disso, estar preparado com uma infraestrutura adequada que nos proteja não somente de chuvas e apagões mas literalmente de cortes de energia, não é mais um artigo de luxo para grandes empresas, faz-se necessário para pequenas e médias empresas e até mesmo usuários domésticos que transformaram seus Home Teathers em sistemas sensíveis e críticos, onde ficar sem energia representa perder negócios, produtos ou clientes.
Nesta realidade, os últimos acontecimentos nos mostram com clareza que a infraestrutura pública atual não é adequada para a realidade do Brasil e nem pode nos levar ao futuro, mas e a infraestrutura de sua empresa? Está preparada para levá-lo ao futuro? Quais os impactos que os cortes de ontem geraram para sua empresa ou residência? Não está na hora de pensar nisso?
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