Muitas empresas estão a melhorar os seus escritórios para oferecer mais ergonomia: secretárias mais ergonómicas, monitores maiores, ratos ergonómicos e até dicas práticas sobre os hábitos relativamente à posição dos colaboradores nas cadeiras… Por vezes, estas alterações são vistas como pequenas, especialmente em grandes empresas, mas podem ter um grande impacto nas suas pessoas. Diminuindo-se algum possível desconforto, o seu empenho e produtividade (e boa disposição!) aumentam.
Traduzindo esta realidade para o mundo industrial, podem ser aplicadas melhorias semelhantes na ergonomia das interfaces de controlo, levando a uma interação mais eficiente e confortável dos operadores com as suas máquinas. Assim, neste artigo quero desenvolver algumas dicas práticas para este propósito – focando-me no agrupamento funcional, que é a organização da interface de controlo de forma a que os controlos e indicadores relacionados com cada função principal da máquina estejam agrupados. Por exemplo, se está a trabalhar numa máquina de alimentação para animais, a interface de controlo pode ser dividida em dois grupos, um relacionado com a entrada da água e o outro com a entrada de cereais, para que os animais possam beber e comer. Este agrupamento de controlos e indicadores em grupos com significado é uma forma muito eficaz de tornar a sua interface de controlo intuitiva e fácil de utilizar para os operadores.
Essencialmente, existem cinco soluções para implementar estes grupos funcionais. As duas primeiras utilizam componentes padrão e as suas posições relativas no painel:
Solução 1: Proximidade
Nesta solução, os dois grupos são identificados pela distância entre os componentes. Os componentes do mesmo grupo estão localizados perto uns dos outros e existe um grande espaço vazio a separar os grupos.
Solução 2: Continuidade
O nosso cérebro está naturalmente programado para identificar linhas. Este facto é frequentemente utilizado em vários espetáculos de magia e truques de ilusão ótica, mas também significa que a localização dos componentes numa curva facilita ao nosso cérebro identificá-los como um grupo, mesmo que a curva não esteja explicitamente desenhada.
Solução 3: Similaridade
Esta solução tira partido de componentes personalizados. Os componentes dentro de um grupo de funções partilham uma caraterística estética e cada grupo tem a sua própria assinatura. Por exemplo, por vezes é possível alterar a cor da moldura dos botões, o que significa que cada grupo funcional pode ter uma cor de moldura dedicada.
As duas últimas soluções consistem em utilizar desenhos externos aos botões. É, por isso, necessário poder personalizar as marcações de toda a interface de controlo para as utilizar, por exemplo utilizando painéis de legenda personalizados, também conhecidos como autocolantes de layout. Também é possível obter resultados semelhantes utilizando a gravação a laser diretamente no chassis da sua máquina.
Solução 4: Conectividade
Nesta solução, os componentes de um grupo semelhante são ligados entre si por linhas externas.
Solução 5: Região comum
A última solução baseia-se em linhas exteriores que criam as fronteiras de cada grupo de funções.
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