Nos últimos anos, em decorrência da crise econômica de 2008, bancos e seguradoras de todo o mundo tem sofrido uma forte pressão por parte dos órgãos reguladores, dos formadores de opinião, da imprensa e dos clientes. Como conseqüência, essas instituições estão lutando arduamente para melhorar sua imagem em relação a um público cético.
Uma maneira cada vez mais popular das empresas demonstrarem uma boa cidadania corporativa é por meio da eficiência energética e dos esforços de sustentabilidade. “Aos poucos, o mundo aceita a ideia de que é necessário lidar com o aquecimento global e com a mudança climática e a maior parte do mundo corporativo, muito provavelmente nos últimos cinco ou dez anos, não prestou muita atenção a isso”, diz Mark Breno.
“Atualmente, estamos vendo uma série de setores que usam a energia de forma intensa como, por exemplo, o de petróleo e gás, o de concessionárias de serviços públicos de eletricidade e o de manufatura. Esses segmentos não estão apenas aceitando que a eficiência energética é uma boa prática ambiental, mas que também é uma excelente estratégia de negócio. É um benefício ambiental que tem como justificativa uma base de custo real”, diz ele.
Essa é uma combinação inegavelmente interessante para um número cada vez maior de instituições financeiras. Ao estabelecer objetivos ambiciosos para a redução de consumo de energia e de emissão de gás carbônico, os bancos tem buscado não apenas boas práticas para divulgarem em seus relatórios anuais, mas, acima de tudo, para melhorarem os resultados financeiros já que conseguem reduzir significativamente seus custos de energia. Outro grande benefício e que conseguem melhoram sua reputação frente a um grupo crucial: o de acionistas.
“Seus investidores também os pressionam a fazer isso”, diz Breno. “Há muitos relatórios de pesquisa que basicamente declaram que um banco, ou qualquer empresa que puder demonstrar que está estabelecendo metas agressivas para a redução de energia e que está conseguindo atingi-las, demonstra ter uma melhor gestão como um todo”. Vemos hoje que essa mensagem está sendo amplamente compreendida: em uma pesquisa recente, cada um dos executivos financeiros respondentes indicou que consideram a eficiência energética e a sustentabilidade como itens “importantes” ou “muito importantes”, não para fins de relações públicas, mas para o sucesso futuro de suas empresas.
Nas instituições financeiras, normalmente, obtém-se a maior economia de energia ao melhorar o monitoramento, a gestão e o controle dos sistemas elétricos e mecânicos do edifício em toda a carteira de imóveis.
Embora os grandes escritórios e os data centers com grande densidades de energia sejam metas excelentes, muitos bancos geram a maior parte do consumo energético a partir de suas agências. crescentar algumas centenas, ou mesmo alguns milhares de agências, faz o consumo de energia chegar a 40%, 60% ou, algumas vezes, em 80% do total dos custos com energia”, afirma Breno.
Ele menciona uma grande instituição bancária como tendo “investido muito nos últimos cinco anos, especialmente na redução de seu consumo geral de energia e controle de suas atividades de gerenciamento do recurso”. Este banco tem mais de cinco mil agências só nos EUA. Em 2012, o banco anunciou que empregaria $50 bilhões no período de 10 anos para lidar com a mudança climática global e as demandas de recursos naturais. Parte de sua estratégia é utilizar tecnologias de “edifício inteligente” para reduzir o consumo de energia em 25% entre 2004 e 2015. Planeja, também, reduzir 20% do consumo de papel e água em nível global entre 2010 e 2015.
Felizmente, as ferramentas necessárias para o gerenciamento e para o controle eficiente de energia para pequenos e médios escritórios estão finalmente começando a surgir. Painéis de gerenciamento, sensores sem fio e produtos de eficiência energética ajudam muito a economizar energia nas agências bancárias e nos pequenos escritórios, enquanto fornecedores especializados em eficiência energética oferecem auditoria e serviços de consultoria abrangentes.
Conversa
Renan
9 anos ago
Há bons programas comerciais no mercado.