As organizações europeias de todos os tipos estão a enfrentar desafios. Depois de terem lidado no passado com os impactos comerciais da pandemia e de terem começado a tomar medidas para ir de encontro aos compromissos emissões líquidas nulas de carbono, logo tiveram de sofrer com a subida acentuada dos preços do gás e da eletricidade resultantes do conflito na Europa. Contudo, há três medidas imediatas que recomendamos e que ajudarão a reduzir o consumo de energia dos edifícios – neste post, analisarei a primeira delas.
A subida dos preços da energia na Europa está a afetar os custos, os lucros e – em alguns casos – a continuidade das empresas. A Comissão Europeia propôs reduções voluntárias de 10% na eletricidade de base, juntamente com cortes obrigatórios de 5% no consumo durante as horas de ponta. Os governos europeus implementaram, então, medidas para cumprir estes objetivos e evitar a possibilidade de racionamento de energia; e as empresas têm também de adotar as suas próprias medidas. Se é proprietário ou explora instalações comerciais e industriais, continue a ler para descobrir a primeira medida imediata que deve tomar desde já.
A necessidade de medição e monitorização da energia
Há algo que citamos muitas vezes e continua válido: não podemos monitorizar o que não podemos medir. Precisamos de dados para determinar as melhores formas de reduzir o consumo de energia e criar um retorno positivo do investimento para o futuro. No entanto, a Schneider Electric estima que 90% dos sistemas de distribuição elétrica não tem contadores ligados a sistemas de monitorização de energia, o que significa que a maioria dos operadores de instalações trabalha às cegas, sem dados para orientar as decisões.
A digitalização do seu sistema elétrico com contadores e os dados de energia precisos que estes fornecem, tornam visível o que é invisível. Felizmente, existem formas acessíveis de adicionar contadores à infraestrutura elétrica existente, incluindo opções sem fios. Se já tem contadores mas precisa de adicionar um sistema de monitorização de energia, isso pode ser feito através de um software local ou com uma aplicação cibersegura baseada na Cloud. Todas as soluções são altamente escaláveis, pelo que pode começar por monitorizar apenas as cargas mais importantes – como o arrefecimento e aquecimento AVAC, a iluminação, o carregamento de veículos eléctricos (VE), entre outros – e mais tarde expandir para a submedição de outras cargas.
A submedição oferece dados mais detalhados, que podem permitir uma análise mais aprofundada. Por exemplo, pode monitorizar o consumo de energia por piso, zona, divisão, tipos de carga, equipamento, processo, etc.
Através desta digitalização, a sua equipa de instalações poderá agora:
- Identificar áreas específicas de ineficiência
- Dar prioridade aos projetos de reparação ou melhorias com base no potencial de poupança
- Criar um caso de negócio para os seus executivos
- Tomar medidas e confirmar as poupanças posteriormente
No mercado atual, aquando da readaptação dos edifícios de escritórios para permanecerem totalmente ocupados e rentáveis, as novas operações podem gerar problemas de qualidade de energia que afetam outros inquilinos. Isto significa que o perfil energético futuro do seu edifício pode ser diferente do perfil do passado. Nestes casos, é essencial contar com dispositivos de submedição com capacidades de análise da qualidade de energia incorporadas, para ajudar a isolar fontes de defeitos e garantir o fornecimento fiável de energia de alta qualidade.
A inteligência sobre energia permite ações rápidas e ganhos imediatos
As análises de monitorização de energia fornecem informações mais profundos e abrangentes em toda a instalação, pelo que terá várias oportunidades para melhorar o desempenho e a eficiência energética do edifício, reduzindo simultaneamente as emissões relacionadas com a energia. Seguem-se alguns exemplos:
- Identificar equipamentos elétricos ou de gestão de edifícios (por exemplo caldeiras, refrigeradores, etc.) que desperdiçam energia e que necessitam de manutenção ou substituição.
- Identificar pisos, salas ou outras zonas onde o aquecimento, a refrigeração ou a iluminação podem ser reduzidos ou desligados em momentos de desocupação.
- Reduzir o nível de aquecimento para um mínimo aceitável em áreas ocupadas.
- Identificar os edifícios, pisos ou salas mais eficientes em termos de energia e programar atividades para maximizar a utilização dessas áreas. Deve documentar-se os passos que possibilitam a eficiência e aplicá-los a espaços similares.
- Identificar outras cargas possíveis de reduzir – por exemplo, refrigeração de água para bebedouros – ou cargas ou processos de alto consumo que podem ser reagendados para horas de menor procura.
- Utilizar o corte inteligente de carga para reduzir a procura em horas de ponta – por exemplo, gerindo de forma dinâmica o carregamento de veículos elétricos.
- Partilhar relatórios ou dashboards de consumo de energia com colaboradores e inquilinos para ajudar a educar e promover comportamentos eficientes no que toca à energia, reduzindo o consumo e a pegada de CO2.
- Partilhar os sucessos com outras instalações ou campus do portfólio da sua organização para os ajudar a acelerar a eficiência e a descarbonização.
As ações que adotar hoje vão ajudar a cumprir as novas regulamentações para reduzir o consumo de energia; mas também vão proporcionar retorno sobre o investimento a curto e longo prazo, ajudando a diminuir os seus custos de energia e as emissões. Desta forma, a crise energética apenas vem aumentar a urgência de adotar medidas que se vão tornar as melhores práticas empresariais na sua jornada em direção aos edifícios do futuro, que têm zero emissões líquidas, são benéficos para o meio ambiente, para os inquilinos e para os resultados financeiros da empresa.
A Schneider Electric oferece uma gama completa de soluções digitais de monitorização de energia, incluindo o software EcoStruxure™ Power Monitoring Expert, o EcoStruxure Energy Hub baseado na Cloud, e os sensores de energia sem fios PowerLogic™ PowerTag.
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