Descubra como os Data Centers Modulares ajudam as empresas a cumprir as metas de sustentabilidade

Este blog foi originalmente publicado no blog global da Schneider Electric por Joe Kramer, líder de vendas e marketing do EcoStruxure Modular Data Center.

Q&A com o novo Head of Engineering & Technology for Modular Data Center Solutions da Schneider Electric

Conversámos com Tuan Hoang, recentemente nomeado Head of Engineering and Technology for Modular Data Center Solutions da Schneider Electric, para perceber a sua perspetiva sobre as últimas tendências em Data Centers Modulares pré-fabricados e sustentabilidade.

JOE KRAMER: Bem-vindo, Tuan. Fale-nos um pouco sobre o seu percurso.

R. TUAN HOANG: A minha formação é em engenharia aeroespacial, engenharia mecânica e produção. Antes de me juntar à Schneider Electric, trabalhei no programa de porta-aviões nucleares da Northrop Grumman, e depois estive durante oito anos na Lee Technologies, uma empresa de engenharia focada em Data Centers. Aí estive envolvido em todas as facetas de uma solução de Data Center “chave na mão”, incluindo engenharia, gestão de projetos e pré-construção. Uma das tendências que observámos foi o aumento da procura por Data Centers Modulares totalmente pré-fabricados, bem como a maior inclusão de componentes pré-fabricados em projetos de Data Centers construídos no local onde vão funcionar (stick built, em inglês). A Schneider Electric adquiriu a minha empresa por uma variedade de razões, e uma das principais foi a nossa vasta experiência no regime conceção/construção (design-build, em inglês), que utilizamos para construir Data Centers fiáveis de forma rápida e mais rentável.

JK: Os Data Centers vêm em muitos formatos, passado de stick built para modulares. Quais são as considerações tanto para si como para os clientes?

TH: Com os Data Centers modulares, os clientes procuram geralmente resolver um de três objetivos, muitas vezes concorrentes entre si. Querem maior flexibilidade, maior rapidez de colocação no mercado e uma previsibilidade melhorada. No entanto, estas três coisas nem sempre convergem para a solução perfeita, porque obviamente a velocidade custa dinheiro e a flexibilidade pode ser um desafio direto à previsibilidade e ao custo. Muitas vezes desempenhamos o papel de consultores – ao compreendermos como o cliente planeia utilizar a sua solução, podemos ajudar a equilibrar as suas necessidades de negócio com a tecnologia que o ajudará a atingir os seus objetivos. A abordagem modular é uma metodologia, não é realmente um produto, mas sim a forma como resolvemos as necessidades de negócio.

P. JK: O design modular oferece alguma vantagem, em termos de sustentabilidade, em comparação com o design como parte da infraestrutura do edifício?

TH: Sim, a construção no local requer muito movimentação de terras e muito cimento. Ficaria espantado com o impacto ambiental do cimento; não apenas em relação à energia, mas também à utilização de água. Com a abordagem modular, se estamos a disponibilizar o Data Center em aço e a enviá-lo para o local, então não precisa de estar sobre um bloco de cimento ou num edifício de cimento, e acaba por ser autossustentável. Para além disso, o aço é muito mais reciclável do que o cimento.

P. JK: Os Data Center podem consumir uma quantidade imensa de recursos, especialmente em escala. Já trabalhou com muitos dos “gigantes” da Internet, fornecedores de serviços Cloud e hiperescala e empresas de colocation. Como é que estão a abordar as iniciativas de sustentabilidade?

TH: Os executivos C-Suite em quase todas as empresas da Fortune 500, e mesmo abaixo desse nível, estão seriamente comprometidos com estabelecer e atingir objetivos de sustentabilidade. Esta visão pode ainda não ter chegado totalmente às equipas de instalações ou operações, mas a mensagem e o compromisso existem entre os executivos mais séniores. As empresas estão a desafiar-se a si mesmas para melhorar os objetivos de desempenho ambiental e, dessa forma, estão também a incentivar os parceiros industriais para que o façam também.

JK: A sustentabilidade vai mais além de reduzir emissões ou custos energéticos, correto?

R. TH: Correto, não se trata apenas do consumo de energia. A maioria das pessoas foca-se nisso, porque é o mais óbvio, o mais dispendioso e o potencialmente mais prejudicial para o ambiente. No entanto, evitar a utilização de certas tecnologias, materiais ou equipamentos também pode ajudar as empresas a atingir os seus objetivos de sustentabilidade. Reduzir é ótimo, mas evitar é melhor.

JK: Consegue partilhar exemplos específicos?

R. TH: Há muitos exemplos e muitos deles são de senso comum. Se, por exemplo, puder obter os materiais dentro de um raio de 800 quilómetros das suas instalações, reduz a pegada de carbono da sua cadeia de abastecimento. Muitas das empresas de hiperescala já estão a fazer isto e, para além disso, estão a adotar a refrigeração adiabática livre – ou seja, não estão a utilizar quaisquer refrigerantes, chillers, compressores ou Isto já acontece hoje em dia. Outro exemplo é que podemos pré-montar ou pré-embalar componentes, pelo que o trabalho de campo passar a ser feito numa fábrica.

Para além disso, o software desempenha um papel fundamental na sustentabilidade, permitindo a monitorização e gestão remotas dos Data Centers. Isto reduz a necessidade de visitas físicas ao local por equipas de TI e aumenta a eficiência global da operação através de características como a manutenção preventiva e preditiva.

Adicionalmente, o modelo de Data Centers modulares permite às empresas dimensionar corretamente os seus recursos de Data Center numa abordagem faseada. Em vez de se construir uma grande instalação pensada para acomodar o crescimento futuro e utilizar apenas uma pequena parte desse edifício quando ele é colocado online pela primeira vez, a abordagem modular permite que as empresas implementem os recursos conforme necessário e os escalem à medida que a procura aumenta. Outra vantagem desta abordagem é que permite às empresas tirar partido de novos componentes ou arquitecturas de design que possam não ter estado disponíveis quando as instalações foram construídas no local.

JK: De que forma é que o processo modular reduz o desperdício e melhora a eficiência?

TH: Tendo todos os materiais no local e utilizando modelos para construir os módulos, particularmente para implementações multifásicas, sabemos exatamente a quantidade que precisamos de cada tipo de material, o que resulta em pouco ou nenhum desperdício. Para além disso, conseguimos aumentar os conhecimentos institucionais dos instaladores, porque temos as mesmas equipas a fazer o mesmo tipo de trabalho várias vezes. Um Data Center modular é pré-montado e testado num ambiente de fábrica controlado, conseguindo-se que fique pronto para ser implementado no local sem necessidade de construção adicional, e que a equipa consiga eficiência melhorada.

P. JK: Os objetivos de sustentabilidade nem são transmitidos para as equipas abaixo dos executivos C-Suite, por isso, quando se contacta com o gestor de compras, este pode estar focado no custo inicial. Como se explica aos clientes o conceito de custo total de propriedade?

TH: Tentamos enfatizar que um componente importante da sustentabilidade é o fim de vida. O custo inicial e os custos operacionais são importantes, mas o que acontece quando se faz uma atualização? O que se faz com esse equipamento? Que parte dele pode ser reutilizada? A Schneider Electric trabalhou arduamente para desenvolver soluções de fim de vida que ajudem as empresas a abordar a sustentabilidade.

JK: Alguma das empresas de hiperescala abordou as microgrids e a incorporação de energias renováveis na sua infraestrutura crítica?

TH: Sim, estão interessadas em tirar partido da energia eólica e solar e das microgrids no local. Tem havido também pedidos para que as UPS sejam interativas com a rede. Ajudamos os clientes a olhar para tudo de ponta a ponta e incorporamos a energia renovável nos seus planos.

 

Conclusão

Hoang resume o tema desta forma: os “gigantes” da internet estão a contratar empresas como a Schneider Electric para as apoiar nas fases de planeamento e brainstorming desde o início do processo. A Schneider Electric pode ajudar nas fases de design, construção, operacional e fim de vida do Data Center. Ter em conta a sustentabilidade ao longo de todo o ciclo de vida significa dar um enorme salto para limitar os impactos ambientais. Saiba mais sobre as soluções de Data Centers Modulares pré-fabricados e como reduzir a pegada de carbono do seu Data Center.

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