O crescimento exponencial do aplicativo Pokémon Go destaca a necessidade de Edge Computer.
Meu filho de 14 anos ajudou a derrubar um data center e estou muito orgulhoso disso. Ele, assim como milhões de usuários procurando incansavelmente um Pokémon enquanto jogam o novo Pokémon GO, causaram problemas nos servidores que entregam aos usuários uma experiência de jogo abaixo da ideal.
Para aqueles que evitam ativamente as notícias sobre jogos, o Pokémon GO é um jogo para celular da Nintendo e Niantic Labs que envia os usuários para as ruas com seus smartphones para tentar “capturar” diferentes personagens do Pokémon em um formato de “realidade aumentada” gerada pelo aplicativo no celular. Segundo todos os relatos, o jogo tem sido um enorme sucesso, tanto que os servidores que dão suporte a ele não estão conseguindo acompanhar o ritmo desse sucesso.
Consequentemente, os usuários estão sendo excluídos. Em vez de acumular Pokémons, tudo o que eles recebem é uma temida mensagem de erro: “Nossos servidores estão enfrentando problemas. Por favor, volte mais tarde”. Ou, no caso do meu filho, o aplicativo diz que está carregando – mas nunca faz isso. Um aviso em uma página web da Niantic para os problemas conhecidos oferece pouco consolo:
“Devido ao incrível número de downloads do Pokémon GO, alguns Treinadores estão enfrentando problemas de conectividade do servidor. Não se preocupe, a nossa equipe está trabalhando nisso!”
É difícil determinar qual é exatamente o problema. Os repórteres da Data Center Dynamics estão especulando que o jogo esteja hospedado na Google Cloud Platform, pois, com base nas listas de ofertas de emprego, descobriram que a Google está à procura de desenvolvedores para “criar a infraestrutura de servidor para dar suporte à nossa plataforma hospedada AR/GEO que sustenta projetos como o Pokémon GO usando Java e Google Cloud”.
Quer isso seja verdade ou não, é fácil perceber como o Pokémon GO pode sofrer problemas de desempenho. O jogo requer um intercâmbio constante de dados entre o usuário e os servidores que suportam o jogo. Isso inclui informações de localização de dezenas, senão centenas ou milhares de usuários em estreita proximidade, envio de mensagens de volta a eles com imagens virtuais exibidas de imediato nos seus celulares, dados sobre quantos Pokémons cada um capturou e muito mais.
Trata-se de um exemplo perfeito de onde as soluções de data centers de borda seriam um grande benefício. Aqui está como eu imagino que esta configuração iria funcionar. Nos EUA, por exemplo, uma série de data centers de borda espalhados por todo o país poderia gerenciar as idas e vindas dos dados de localização e informações de usuários individuais. Eles também gerenciariam quaisquer mensagens enviadas para os jogadores, obteriam estatísticas e, de maneira geral, manteriam as pontuações. Apenas ocasionalmente precisariam enviar dados para um data center central, e apenas um subconjunto do que eles coletassem, como os dados de pontuação.
Esta configuração reduziria drasticamente a latência de cada interação de “vai e vem”. Em vez de os dados irem do celular do meu filho de perto de São Paulo para um data center central, digamos, em Minas, eles iriam para um data center de borda nas proximidades. Então, talvez o aplicativo carregasse no seu celular e ela ainda estaria jogando, em vez de ler um livro (o que está bom para mim, mas provavelmente não é o que a Nintendo quer ouvir).
Em muitos aspectos, o Pokémon GO imita um ambiente de Internet das Coisas, com muitos dispositivos alimentando dados em um local central. Steven Carlini, que trabalha no negócio de Soluções Globais de Data Centers da Schneider Electric, abordou esta ideia em um post recente no blog que fala sobre como as soluções de realidade aumentada estão surgindo no negócio de varejo e como Edge Computer será obrigado a suportá-las. O que ele descreve é realmente muito semelhante aos requisitos demonstrados pelo Pokémon GO.
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