As três melhores práticas para reduzir o uso de energia de TI – e refrear a demanda de energia global

A demanda por energia em todo o mundo continua inabalável. A International Energy Agency, focada em assegurar energia confiável e limpa para seus 29 países-membro e além, prevê que a demanda por eletricidade vai  aumentar mais de 70% até 2040.

Enquanto que as fontes renováveis serão responsáveis por quantidades cada vez maiores dessa energia, certamente ainda precisaremos ser conscientes sobre a conservação da energia e fazer mais com menos. Como um dos maiores usuários de energia elétrica, o problema está atingindo os departamentos de TI de maneira particularmente difícil, em muitos casos pressionando os seus recursos além do que é sustentável a longo prazo.

Para enfrentar o problema com sucesso, as organizações precisam repensar a sua estratégia de energia e desenvolver estratégias para refrear o uso de energia. Com base no meu trabalho com clientes, cheguei às seguintes três melhores práticas para possibilitar que os grupos de TI reduzam o consumo de energia.

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1 – Implementar um sistema de gerenciamento de integrado

Entre outras tarefas, os gerentes de instalações ou de locais devem gerenciar as necessidades elétricas para todos os edifícios pelos quais são responsáveis. Quando você considera os vários componentes deste trabalho, a tarefa pode tornar-se, rapidamente, muito difícil.

No data center ou sala de servidores de TI, o gerente de TI geralmente é responsável por monitorar a conectividade de rede, sistemas de racks, refrigeração, sistemas de vigilância e sistemas de nobreaks. Em muitos casos, o espaço de TI é essencialmente o seu próprio domínio, gerenciado separadamente do restante do edifício que o abriga.

Um sistema de gerenciamento de energia integrado permite que o gerente do local gerencie o espaço de TI juntamente com o resto do edifício ou campus, a partir de um local central. Isso permite um gerenciamento de energia mais unificado, eficiente e eficaz para todos os processos e máquinas, salas de TI, edifícios e sistemas de segurança.

Por exemplo, o gerenciamento de energia integrado ajuda o gerente do local, bem como o gerente de TI, a planejar o crescimento de forma mais eficaz. As ferramentas permitem que eles estimem quais serão os requisitos de energia e determinem áreas que podem acomodar melhor o crescimento sob uma perspectiva de energia.

2 – Controlar o uso de energia de TI com DCIM
Outra ferramenta que pode ajudar os gerentes de TI a gerenciar melhor a energia é o software de gerenciamento de infraestrutura de data centers (DCIM). As ferramentas de DCIM permitem que os usuários coletem e gerenciem dados sobre todos os ativos do data center e monitorem a utilização de recursos e o estado operacional. Elas podem identificar áreas nas quais a eletricidade não está sendo usada de forma eficiente, como pontos quentes em um data center e servidores sobrecarregados, e indicar o caminho para ajustes apropriados.

O DCIM também ajuda a otimizar a energia e capacidade de refrigeração, e permite uma utilização mais estratégica do espaço do data center. Por exemplo, se o grupo de TI precisa instalar novos servidores, a ferramenta de DCIM mostra o melhor rack para instalá-los, sob o ponto de vista da energia e refrigeração. Dessa forma, o DCIM ajuda o grupo de TI a planejar melhor o crescimento e atender às demandas de negócio, minimizando o uso de energia elétrica. Ao longo do tempo, uma boa implementação de DCIM pode reduzir as despesas operacionais em 20 por cento.

3 – Dimensionar corretamente o data center agora e no futuro
Muitas vezes, vejo data centers que usam mais energia do que realmente necessitam, simplesmente porque não estão dimensionados corretamente. Na construção de um novo data center, a empresa o dimensiona com base no que espera que serão os requisitos daqui a alguns anos. Isso leva a uma grande capacidade excessiva que não abriga nenhuma infraestrutura de TI, mas ainda necessita de refrigeração, aumentando assim os custos com eletricidade.

Uma abordagem melhor é usar módulos de data centers pré-fabricados. Eles permitem que as empresas tenham a capacidade do data center de que elas precisam hoje, e adicionem mais capacidade, conforme necessário, ao longo do tempo. Com essa estratégia, não há necessidade de superdimensionamento e ter de enfrentar anos de excesso de capacidade do data center. Além disso, os data centers modulares reduzem a quantidade de capital inicial.

Na verdade, o dimensionamento correto tem o potencial de reduzir o custo total ao longo do ciclo de vida de um data center em até 13 por cento, 30 por cento dos quais representando reduções de infraestrutura física.

Com a demanda por energia crescendo juntamente com os custos, é imperativo que as empresas analisem cuidadosamente a sua estratégia de energia e encontrem maneiras de reduzir a demanda de energia de TI. Ao fazer isso, elas não apenas reduzem os seus próprios custos de energia, o que contribui para o sucesso do negócio, mas contribuem para o panorama mais amplo de preservar fontes de energia cada vez mais escassas em todo o mundo.

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Conversa

  • Caro Luciano!
    Antes de mais nada parabenizo-o pelo novo cargo de Diretor Brasil!
    Gostaria de acrescentar mais um item, se me permite, embora eu esteja longe de ter um conhecimento da área em que você é expert.
    Tenho insistido com o mercado que a locação de equipamentos de TI é uma das formas objetivas de reduzir custo de energia. De um lado pelos processadores atuais que são mais econômicos nesse aspecto, chegando a uma redução de até 15% no custo da energia. De outro, os monitores de LED que chegam a economizar até 40% nesse mesmo custo. Portanto quando se troca um parque desatualizado, além de inúmeras outras vantagens (estão no meu site), acrescentamos essa que atinge e abrange a todos no planeta, se tornando um benefício social e coletivo.
    Um abraço,
    Nancy Mouth

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