– O que é hiperautomação na indústria?
Hiperautomação, Industria 4.0, Industria 5.0! Estes são assuntos cada vez mais discutidos e difundidos atualmente!
Por que começar uma resposta específica sobre hiperautomação citando outros temas? Simplesmente porque principalmente no ambiente industrial, eles estão totalmente interligados e com total sinergia. Em Suma, todos eles têm a transformação digital como um dos principais pontos comuns.
Contextualizando, a Industria 4.0 com suas tecnologias habilitadoras, graças a internet das coisas e a computação em nuvem, permitiu uma melhora expressiva da eficiência e da produtividade no ambiente industrial.
A Industria 5.0 veio “reumanizar” os conceitos já muito bem aplicados na Industria 4.0, tornando-os mais colaborativos com o ser humano. Colocando as pessoas como foco central dos processos, a Industria 5.0 possui como base a qualidade de vida, a sustentabilidade e a inclusão.
Já a hiperautomação industrial é uma combinação e integração de tecnologias e dispositivos, que visa aproximar a automação dos processos às capacidades que seriam desempenhadas exclusivamente por seres humanos. Com isto, o aumento da eficiência e os pilares da indústria 5.0 ficam totalmente ao nosso alcance. Ao longo desta explanação, conheceremos estas tecnologias utilizadas na hiperautomação, como elas funcionam e quais seus benefícios.
– O tema automação industrial é bastante recorrente, mas a hiperautomação ainda não. Quais são as principais diferenças entre estes termos?
Automação industrial surgiu na década de 50 e já era um tema difundido na indústria desde meados da década de 70, tendo sua força impulsionada a partir dos anos 90 com o avanço do computador pessoal e da internet. Por isto, já é um tema totalmente difundido no meio industrial.
Já a hiperautomação é um tema relativamente novo, que já é apontado como uma das principais tendencias em curto prazo. Isto se dá graças a uma sinergia tanto no meio industrial, mas também em aplicações nos mais diversos tipos de seguimentos.
Sendo assim, podemos dizer que a diferença entre os termos está resumida ao avanço tecnológico, que faz da hiperautomação a evolução natural da automação industrial, buscando cada vez mais eficiência. Isto se dá não só no aumento da produtividade, mas também na redução dos custos operacionais, sustentabilidade e, me permitam dizer, na qualidade de vida das pessoas. Todas estas tecnologias integradas permitem a otimização dos processos, facilitando assim o nosso dia a dia.
– Quais são as principais ferramentas relacionadas à hiperautomação?
Como dito anteriormente, a hiperautomação é um conjunto de ferramentas integradas visando a otimização dos processos, fazendo atividades que até então só poderiam ser desempenhadas com eficácia pelos seres humanos. Mineração de Processos (Process Mining – PM), Automação Robótica de Processos (Robotic Process Automation – RPA), Aprendizado de Máquina (Machine Learning – ML), e Inteligência Artificial (Artificial Intelligence – AI) são as ferramentas que, combinadas, nos permitem atingir o nível da hiperautomação.
Uma boa mineração de processos tem o foco de analisar e entender o processo e suas necessidades. Já a Automação Robótica de Processos, são softwares que atuam nos processos repetitivos e escaláveis, que em conjunto com o Aprendizado de Máquina e Inteligência Artificial fará a melhoria contínua do processo aumentando sua eficiência.
– Como funciona a hiperautomação?
Embora seja um tema relativamente novo, a hiperautomação funciona como qualquer projeto de automação, implementação ou desenvolvimento de um novo negócio. É necessário entender qual é a necessidade e o objetivo, sendo fundamental o conhecimento do processo a ser melhorado!
Uma vez identificado a necessidade e o objetivo, faz-se todo o planejamento identificando as ferramentas a serem utilizadas até chegar na implementação das mesmas. Após a implementação, é importante a monitoração contínua de forma a manter o processo sempre atualizado e com a máxima otimização.
– Quais as principais aplicações da hiperautomação dentro do ambiente industrial?
Podemos dizer que o pontapé inicial para uma indústria hiperatuomatizada, é a boa escolha de um MES (Manufacturing Execution Systems) para a gestão do chão de fábrica e assim atuar em todos os processos produtivos da empresa.
Dito isto, sempre gosto de dizer que qualquer processo ou maquina industrial que possua repetibilidade e escalabilidade, tem potencial para chegar ao nível hiperautomatizado.
Um exemplo simples! “Um fabricante de máquinas que utilizada estas tecnologias conjuntas, pode monitorar e entender necessidades específicas dos seus clientes finais e atuar em um nicho de negócios de machine as a service. Muito pouco explorado no Brasil!”
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