Planejamento de reforma: guia para evitar desperdícios

1. Introdução

A reforma acontece por diversas razões. Quando as pessoas contratam um projeto do tipo buscam resultados como a renovação do espaço, a ampliação da área, a correção de problemas ou o aumento do conforto. O projeto arquitetônico, portanto, deve prever as mudanças necessárias para atingir os efeitos desejados.

Mais que isso, também é importante pensar nos desperdícios. Os diversos processos até a conclusão podem consumir além do previsto. Então, é essencial se preparar para a situação e prevenir as perdas.

Essa etapa exige muita organização e capacidade de prever os principais gargalos e as dificuldades. Então, veja neste e-book como evitar desperdícios com o planejamento de reforma e conquiste os melhores resultados.

2. Reforma arquitetônica

Antes de dar máxima atenção à questão dos desperdícios, é preciso considerar que a reforma arquitetônica traz alguns desafios. Desde a sua concepção, há pontos que têm que ser trabalhados e debatidos para que seja possível conquistar um efeito agradável e compatível com as expectativas.

Nesse quesito, há três elementos principais que causam conflitos e dificuldades. A seguir, veja quais são os aspectos que merecem a sua atenção ao elaborar um planejamento de reforma.

2.1. Exigências dos clientes

Acima de tudo, a modificação no imóvel deve servir para atender aos interesses e às exigências dos moradores, certo? No entanto, muitos pedidos dos clientes entram em conflito com as reais necessidades.

É o que ocorre quando o contratante solicita reformas desnecessárias e que não agregam estética ou espaço útil ao ambiente. Também pode acontecer de o cliente não saber direcionar muito bem o que deseja, o que dá origem a um planejamento que passa por ajustes sucessivos.

2.2. Alinhamento com recursos

Outro problema está em alinhar solicitações e disponibilidade. Quer um exemplo? É o que acontece quando o cliente pede uma reforma total, mas não quer gastar demais e nem demorar muito tempo. Com a exigência em dois pontos principais, é praticamente impossível equilibrar os aspectos.

Mesmo diante de pedidos possíveis, é um desafio criar um planejamento que inclua orçamento e cronograma dentro do que está disponível. Essa etapa, entretanto, é crucial tanto para o sucesso da obra quanto para a satisfação de quem contrata.

2.3. Desperdícios

Um dos maiores gargalos de qualquer reforma arquitetônica é a quantidade de perdas. Os itens que param no lixo ou que são aproveitados incorretamente não aumentam apenas os custos. Eles também podem gerar retrabalhos e má utilização do tempo.

É essencial prever os desperdícios, identificar as suas causas e já planejar formas de evitá-los. Desse jeito, é possível conquistar um equilíbrio maior e que leva ao cumprimento do que está previsto no escopo inicial.

3. Tipos de desperdícios em projetos arquitetônicos

Um grande desafio é que uma reforma arquitetônica não tem apenas uma forma de perda. Não são só materiais que podem ser jogados fora quando deveriam ser usados nas paredes ou nos pisos, por exemplo. Há muitos tipos de desperdício e todos impactam negativamente o processo de transformação do ambiente. Na sequência, descubra quais são os mais importantes e entenda os efeitos.

3.1. Espaço

Quando os pedidos do cliente estão entre os desafios de planejamento, um desperdício muito comum ocorre em relação ao espaço e ao seu aproveitamento.

Pense, por exemplo, em um grande lugar no coração da casa. Por causa da configuração, o ambiente seria perfeito para se transformar em sala de estar e de jantar integrada à cozinha. Com um layout aberto, o aproveitamento seria máximo.

O cliente, entretanto, solicita a criação de um espaço desnecessário ou o uso não recomendado de paredes e divisórias. Assim, o projeto que poderia oferecer um resultado muito mais amplo, torna-se limitado.

3.2. Ambiental

Há, ainda, desperdícios ligados ao meio ambiente e aos impactos ecológicos que são causados. Em geral, é algo relacionado aos resíduos de diversos tipos.

O descarte incorreto de entulho, por exemplo, pode gerar acúmulos inadequados na natureza. Já o desperdício de cimento não apenas leva ao gasto do produto, mas também de outros componentes, como a água. Como compromete a sustentabilidade, trata-se de uma etapa que deixa todo o projeto menos verde e menos amigo da natureza.

3.3. Tempo

O cronograma é um dos elementos mais importantes da reforma. Ele define o que deve ser feito, quando precisa ser executado e qual é o prazo de realização de cada tarefa. Mesmo com a sua elaboração, acontecem desperdícios de tempo.

Eles podem ser causados diretamente pela obra ou por razões indiretas. Um exemplo é a contratação de uma equipe de baixa qualificação. Isso aumenta os riscos de erros e de retrabalhos, os quais consomem tempo. Também é algo que gera a perda de produtividade, o que compromete o uso do recurso.

De forma indireta, problemas com fornecedores podem ser os grandes causadores. Se a empresa não entrega determinados materiais, revestimentos ou itens de acabamento, as próximas fases ficam suspensas. Como resultado, ocorrem atrasos em relação à conclusão da etapa.

3.4. Mão de obra

Ter a mão de obra adequada e com plena produtividade é importante para a mudança arquitetônica. O desperdício da força de trabalho, por outro lado, prejudica a conclusão de diversas etapas.

Uma equipe mal-preparada, por exemplo, não consegue executar as tarefas com fluidez, o que impacta negativamente os resultados. Um time pequeno ou grande demais também gera problemas de aproveitamento das pessoas, o que compromete a gestão eficiente de recursos humanos.

Há, ainda, as questões referentes à ociosidade. A falta de material para trabalhar é um caso que gera, simultaneamente, o desperdício de tempo e de mão de obra.

3.5. Financeiro

Quando as perdas na reforma são o assunto principal, o gasto desnecessário de dinheiro é o primeiro que vem à mente. Afinal, qualquer alteração imprevista e impactante no planejamento, em geral, tem um custo extra para a obra.

Isso é especialmente comum em relação aos materiais. A quebra, a perda ou o uso incorreto de produtos — como revestimentos — faz com que seja necessário comprar uma quantidade maior. Então, existe um custo associado.

Além disso, outros desperdícios também geram impactos financeiros. Se a mão de obra é contratada por dia, a baixa produtividade e a utilização inadequada das pessoas levam a um custo maior para o cliente.

4. Identificação de pontos de desperdício

Só é possível evitar e combater os desperdícios de maneira eficiente ao encontrar quais são os seus motivos. Identificar a “fonte” desses problemas faz com que seja viável definir quais são as mudanças que devem ser executadas para que haja um equilíbrio melhor na utilização de recursos.

Com os pontos detectados, é mais fácil se antecipar no planejamento e garantir que tudo saia conforme o previsto. Quer saber quais são os grandes vilões? Confira as principais fontes de desperdício!

4.1. Materiais construtivos

Um dos principais pontos é, justamente, o uso de certos produtos construtivos. Segundo uma pesquisa, há obras que descartam quase 50% da argamassa utilizada. Também ocorrem desperdícios quanto aos tijolos, cerâmicas, tintas e elementos do tipo.

O principal impacto é o financeiro, mas, dependendo do caso, há efeitos no cronograma. Se a perda é causada pelo uso incorreto de materiais, o que leva ao retrabalho, há consequências negativas sobre os prazos.

4.2. Água e energia elétrica

O consumo de recursos em excesso, como água e energia elétrica, gera perdas financeiras e ambientais. Dependendo da obra e do planejamento, esse é um dos pontos causadores dos maiores desperdícios.

Na hora de preparar o cimento, é importante que todos estejam conscientes da necessidade de não gastar água em excesso, por exemplo. Isso também vale para o uso da energia elétrica, que deve ser limitado a quando determinado ambiente está sendo usado.

4.3. Ociosidade

Quando a mão de obra fica ociosa, existe um desperdício do potencial produtivo. As pessoas que estão paradas poderiam executar tarefas que são cruciais para a conquista de bons resultados na obra. Então, trata-se de uma fonte que merece atenção.

Como dito, o problema ocorre muito frequentemente por causa de atrasos em relação aos fornecedores. Mas também acontece devido à falta de planejamento ou mesmo de delegação sobre a execução de tarefas.

4.4. Imprevistos

Entre todos os cenários, um dos mais temidos por qualquer responsável por uma reforma arquitetônica é o imprevisto. As situações não contempladas no planejamento geram grandes efeitos e podem levar a desperdícios ainda maiores.

Pense na troca de um piso. Depois de o revestimento ser retirado e substituído, nota-se que existe um problema com o contrapiso, que terá que ser totalmente refeito. Embora todas as etapas tenham sido executadas corretamente, tal imprevisto gera perdas de tempo, de dinheiro e até de mão de obra. Como uma obra nem sempre pode ser prevista, esses casos têm grande influência no resultado.

5. Planejamento de reforma

Agora que você já conhece quais são os principais pontos de desperdício no processo, é o momento de fazer o planejamento de maneira otimizada. Quanto mais intensa for a organização nesse sentido, menores serão os riscos de sofrer com as perdas de diversos tipos.

Veja como considerar os principais pontos de desperdício e como evitá-los.

5.1. Planeje reformas otimizadas

É bem verdade que um dos desafios é atender às especificações dos clientes e conseguir uma reforma útil e que realmente agregue valor. No entanto, o esforço vale a pena para obter um resultado melhor e que simplifique a obra.

Para diminuir os riscos de imprevistos e o consumo de recursos, pense em otimizar a reforma em relação às modificações. Planeje como é possível quebrar menos paredes ou fazer transformações funcionais sem tantas etapas. Quanto mais simples forem os processos, menores serão as perdas.

5.2. Faça um cálculo eficiente de material

Para tentar conter a perda financeira, também é imprescindível calcular a quantidade de cada material. Essa fase serve para evitar, em primeiro lugar, a aquisição de volumes que superam o que é necessário.

A compra de quantidades adequadas é um jeito de desestimular o desperdício. Quando os trabalhadores notam que há muitos itens sobrando, podem se tornar menos atentos com a execução, o que leva às perdas.

Também é recomendado fazer as compras aos poucos, pois é algo que ajuda a atender melhor às necessidades específicas. Para isso, é fundamental contar com parceiros flexíveis e com muita qualidade.

5.3. Conte com mão de obra capacitada

Para evitar as perdas em relação ao capital humano, é indispensável que a equipe seja muito bem-treinada. Os profissionais escolhidos devem ser experientes e capacitados para cada função a ser executada na transformação do espaço.

Se for o caso, também precisam passar por um treinamento específico para cada projeto. Isso diminui as chances de erros, melhora o engajamento e garante um nível produtivo mais adequado.

5.4. Defina boas práticas de uso de recursos

No papel de principal responsável pelo projeto e pelo planejamento, é indicado estabelecer algumas boas práticas de conduta. Essas etapas servem para definir o que deve ser feito dentro do fluxo de trabalho, de modo a combater os pontos de desperdício.

É o caso, por exemplo, de indicar o uso responsável de água ou de energia elétrica. Também é viável abordar a necessidade de armazenar materiais do jeito certo — como a argamassa —, bem como de manter a organização do espaço.

5.5. Esteja pronto para mudar o planejamento

Por mais completo que seja o seu plano, é provável que ele não possa ser seguido à risca. Imprevistos acontecem e saber reagir a eles também é um dos segredos para combater e evitar os pontos de desperdício.

O recomendado é ficar de olho no andamento na obra, no consumo de materiais e no atendimento ao cronograma. Caso ocorram mudanças, faça as adaptações necessárias em tempo hábil. Com o remanejamento dos recursos, fica fácil garantir que tudo saia conforme o esperado.

6. Conclusão

Os desperdícios em uma reforma surgem em várias formas. Há o financeiro, o de tempo, de mão de obra, o ambiental e o de espaço. Ao conhecer suas fontes e fazer um bom planejamento é possível contornar a situação.

Quando o cliente apresenta algum empecilho para uma proposta otimizada, vale a pena convencê-lo sobre a importância de realizar (ou abrir mão de) certas modificações. Assim, você não se torna uma fonte de obras atreladas a desperdícios e consegue ter um melhor desempenho na carreira.

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