Aumento dos custos de energia: 4 formas de reduzir o impacto nas operações de alimentação e bebidas

As famílias e as empresas estão a pagar mais do que nunca pela energia, mesmo quando os governos em todo o mundo gastam milhares de milhões para proteger os consumidores da crise energética. De acordo com o Gabinete de Estatísticas do Trabalho dos EUA, as faturas de eletricidade dos EUA no terceiro trimestre do ano passado aumentaram 15.8% face ao valor do período homólogo – o salto mais significativo desde 1981. Para além disso, a empresa de consultoria energética VaasaETT Ltd. observou que, em outubro de 2022, os preços do gás foram o dobro do mesmo período do ano anterior na União Europeia e no Reino Unido.

Com tantos segmentos da indústria alimentar e de bebidas a depender de operações que consomem muita energia, estes aumentos acentuados dos custos energéticos podem potencialmente acabar com as margens de lucro dos fabricantes. No entanto, o aumento dos custos da energia não é a única preocupação: até a disponibilidade de energia está em causa.

Por exemplo, quando o fornecimento de energia é escasso na Europa, os governos dão prioridade a ativos críticos, como hospitais e casas, em detrimento das instalações fabris. A inação face ao aumento dos custos da energia e aos desafios da disponibilidade ameaça a competitividade do mercado. Isto pode conduzir a uma espiral descendente de perda de negócios – e a maioria dos economistas prevê que estes desafios de custos energéticos serão questões de longo prazo.

Em resposta, as organizações de fabrico de bens de consumo embalados estão à procura de novas formas de reduzir a dependência da energia fornecida pela rede, com os sistemas de gestão de energia a ocuparem agora o topo da agenda de muitas empresas. Simultaneamente, muitas estabeleceram também objetivos agressivos de redução das emissões de carbono para 2025 e 2030. À medida que os prazos se aproximam rapidamente, a necessidade de eficiência energética é elevada, uma vez que é uma condição prévia essencial para uma transição bem-sucedida para a energia limpa.

Abordagens inovadoras que ajudam a enfrentar os desafios dos custos da energia

Estas medidas e investimentos em eficiência energética têm também um papel essencial a desempenhar no reforço da resiliência das fábricas de produtos alimentares e bebidas.

Abaixo deixamos vários exemplos de como empresas como a Schneider Electric podem ajudar os fabricantes de alimentos e bebidas a mudar para operações mais eficientes no que toca ao combustível:

  1. Tornar-se prosumers – A produção local de energia solar e eólica, combinada com o armazenamento de energia e a gestão de software, oferece às empresas opções de energias renováveis, produção de eletricidade no local e um maior grau de resiliência operacional. Para além disso, as microgrids permitem que os fabricantes atuem como prosumers (não apenas consumindo, mas também produzindo energia). As organizações podem evitar custos excessivos ao nivelar o seu pico de procura na rede: reduzem os custos ao utilizar energia gerada e armazenada localmente quando os preços são elevados, e ao consumir energia da rede elétrica durante os períodos fora do pico, quando os preços são baixos.
  2. Redução do consumo com a implementação de dispositivos como os variadores de velocidade (VSD, na sua sigla em inglês) – De acordo com um relatório recente do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, só nos EUA estão instalados mais de 11 milhões de motores elétricos em instalações industriais. No entanto, muitos deles ainda não possuem variadores de velocidade. Ao contrário dos arrancadores de velocidade fixa, que funcionam à mesma velocidade independentemente do processo industrial, os VSD regulam a sua velocidade com base nas exigências de trabalho. Os VSD podem poupar entre 60 a 80% da energia que um motor consome, pelo que a atualização dos motores com VSD representa uma enorme oportunidade para reduzir as faturas de energia e as emissões de carbono produzidas pelos fabricantes.
  3. Introdução de ferramentas de monitorização e análise – Com a redução do consumo de energia como objetivo principal, as operações de fabrico de alimentos e de bebidas já não se podem dar ao luxo de trabalhar em silos de dados. A convergência da energia e da automação requer a capacidade de monitorizar, medir e comparar dados de energia e produção em tempo real em aspetos críticos vitais das operações.
    Graças às soluções da AVEVA e da ProLeiT, a Schneider Electric é capaz de proporcionar a transparência e a visibilidade necessárias para aumentar a produção e reduzir o consumo de energia através de plataformas de software unificadas.
  4. Acesso a novos mecanismos de financiamento – Atualmente, os novos métodos de gestão e financiamento da energia – como a energia como serviço (EaaS) e os contratos de aquisição de energia (PPA) – tornam os investimentos em tecnologias de poupança de consumo de energia muito mais acessíveis e viáveis. Os PPA são instrumentos financeiros que ajudam as empresas do setor alimentar e das bebidas a beneficiar de poupanças de custos garantidas, redução de riscos e preços de energia fixos. Os acordos EaaS oferecem algo semelhante, mas retiram o encargo da propriedade dos ativos ao fabricante. Neste domínio, os especialistas da Schneider Electric podem atuar como consultores, orientando os fabricantes em questões como onde e quando adquirir energia, como negociar contratos PPA e EaaS, e como avaliar a energia operacional da fábrica.

De forma resumida, os distribuidores tiveram de reavaliar os seus modelos de negócios, adicionando mais serviços e soluções para fortalecer a sua proposta de valor e reduzir a importância do preço enquanto fator de escolha.

Avançar no caminho até à eficiência energética

A Schneider Electric tem muitas soluções para facilitar a mudança aos fabricantes de alimentos e de bebidas que procuram acelerar os esforços de conservação de energia e combater o aumento dos custos energéticos. Os nossos consultores de automação, energia e sustentabilidade podem efetuar auditorias às instalações e identificar áreas onde o consumo pode ser reduzido. Um exemplo é a história da Danone Evian para se tornar ecológica para reduzir o consumo de energia. Veja o vídeo (em francês, com legendas em inglês) e leia os principais pormenores da história aqui.

Ao examinar a infraestrutura elétrica, a gestão dos edifícios, o fluxo de mercadorias, o fluxo de pessoas e os processos de fabrico e embalagem, estas equipas podem criar uma estratégia que identifique tanto as medidas de poupança de energia a curto prazo, sem custos ou de baixo custo, como o planeamento do investimento em eficiência energética a médio e longo prazo.

Descubra como a Schneider Electric está a trabalhar em parceria com a indústria alimentar e de bebidas para reduzir o consumo de energia e fazer a transição para energia limpa na nossa página de Serviços de Consultoria de Sustentabilidade. Também recomendamos a leitura do blog de Andre Marino sobre a utilização da digitalização para enfrentar a crise energética europeia. Por fim, descarregue o nosso relatório “Tackling the European energy crisis” e saiba mais sobre as medidas imediatas que pode tomar desde já nas suas instalações para cumprir os objetivos de redução do consumo de energia e dos picos de procura.

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